Religiões pelo mundo - Cristianismo (última parte)



A Igreja

O cristianismo acredita na Igreja (ekklesia), palavra de origem grega que significa "assembleia", entendida como a comunidade de todos os cristãos e como corpo místico de Cristo presente na Terra e sua continuidade. As principais igrejas ligadas ao cristianismo são: a Igreja Católica Romana, as Igrejas Protestantes e a Igreja Ortodoxa.Cristianismo não tinha subdivisões até o Concílio de Éfeso realizado em 431. Portanto, a partir daquele ano surgiram as ramificações do Cristianismo
A seguir, está a lista de denominações cristãs, ou grupos que se identificam como cristãos, ordenados por relacionamentos históricos, doutrinários e cronológicos.
Denominação (ou confissãocristã é uma organização religiosa cristã que funciona com um nome, uma estrutura e uma doutrina própria. 
As divisões mais básicas no cristianismo contemporâneo ocorrem entre o Igreja Católica Romana, a Igreja Católica Ortodoxa e as várias denominações formadas durante e depois da Reforma Protestante. As maiores diferenças entre Ortodoxia e Catolicismo são culturais e hierárquicas, enquanto as denominações Protestantes apresentam diferenças teológicas mais acentuadas para com as duas primeiras, bem como grande diversificação doutrinária entre suas vertentes.

O Credo de Niceia

Credo de Niceia, formulado nos concílios de Niceia e Constantinopla, foi ratificado como credo universal da Cristandade no Concílio de Éfeso de 431. Os cristãos ortodoxos orientais não incluem no credo a cláusula Filioque, que foi acrescentada pela Igreja Católica mais tarde
As crenças principais declaradas no Credo de Niceia são:
  • A crença na Trindade;
  • Jesus é simultaneamente divino e humano;
  • A salvação é possível através da pessoa, vida e obra de Jesus;
  • Jesus Cristo foi concebido de forma virginal, foi crucificadoressuscitouascendeu ao céu e virá de novo à Terra;
  • A remissão dos pecados é possível através do baptismo (br-batismo);
  • Os mortos ressuscitarão
Na altura em que foi formulado, o Credo de Niceia procurou lidar directamente com crenças que seriam consideradas heréticas, como o arianismo, que negava que o Pai e Filho eram da mesma substância, ou o gnosticismo. Algumas Igrejas Protestantes não acreditam no Credo de Niceia
Bíblia é o principal conjunto de escrituras do Cristianismo. Entretanto, há algumas divergências a respeito de determinadas escrituras, chamadas deuterocanônicas (ou livros apócrifos), que não são aceitas por todas as correntes. Para certas denominações, há algumas outras escrituras que foram divinamente inspiradas. Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias atribuem a três livros a qualidade de terem sido inspirados por Deus; esses livros são o Livro de Mórmon, a Doutrina e Convénios e a Pérola de Grande Valor. Para os Adventistas do Sétimo Dia os escritos de Ellen G. White são uma manifestação profética que, contudo, não se encontra ao mesmo nível que a Bíblia.

Formas de culto

As formas de culto do cristianismo envolvem oração, leitura alternada de salmos ou de passagens bíblicas tais como as de livros do Antigo Testamento, os Evangelhos, as Epístolas e/ou o Apocalipse.
Cantam-se hinos a Deus, o Pai, Jesus ou ao Espírito Santo e aos anjos e santos entre católicos romanos, episcopais e ortodoxos. 
A cerimônia da eucaristia é praticada diariamente ou semanalmente por católicos, luteranos, episcopais ou anglicanos e ortodoxos.
Já a equivalente Ceia do Senhor pratica-se mensal, trimensal ou anualmente por diversas igrejas entre os protestantes. Sermões são pregados pelo sacerdotepastorancião, ministro ou outros líderes. A maioria das denominações cristãs consagra o Domingo como dia de culto. Há denominações que consideram o Sábado dia santo de guarda, entre elas Batistas do Sétimo Dia, Adventistas, Igrejas de Deus (7.o dia) e Judeus Messiânicos. Este último grupo, embora não seja cristão, guarda semelhança com o cristianismo, pois crê em Yeshua(Jesus) como sendo o messias profetizado na bíblia hebraica. 
A devoção e oração individual ou em grupo nos outros dias da semana também são encorajadas.
Igrejas como a Luterana, a Metodista, a Presbiteriana e a Episcopal/Anglicana que administram batismo a recém-nascidos também adotam a confirmação quando a criança tem mais entendimento para assumir a responsabilidade pela sua religiosidade. 
Batistas, Adventistas, Pentecostais e outros optam por uma dedicação do bebê ao Senhor e só batizam quem é maduro o suficiente para decidir por si mesmo que querem realmente abraçar a fé.

Concepções religiosas e filosóficas


Podemos considerar três períodos que definem a concepção e filosofia do cristianismo


  • Cristianismo primitivo: caracterizado por uma heterogeneidade de concepções;
  • Patrística: ocorrida no período entre os séculos II e VIII, com a transformação da nova religião em uma Igreja oficial do Império Romano fundada por Constantino e a formação de um clero institucionalizado, e cujo doutrinário expoente foi Santo Agostinho;
  • Escolástica: a partir do século VIII e cujo expoente foi São Tomás de Aquino, que afirmou que fé e razão podem ser conciliadas, sendo a razão um meio de entender a fé.
A partir do protestantismo, é necessário fazer uma diferenciação entre a história e concepção da Igreja Católica e das diversas denominações evangélicas que se formaram.
Algumas denominações ou grupos semicristãos do passado não existem hoje. É o caso, por exemplo, dos gnósticos (que sustentavam um modelo dualista), os ebionitas (que negavam a divindade de Cristo), os apolinarianos (defendiam que Jesus teria corpo humano e mente divina), os montanistas (que pregavam uma nova revelação concedida a eles) e os arianos (que acreditavam que Jesus foi um ser criado ao invés de coeterno com Deus Pai, e que, durante um período, foram mais numerosos na igreja institucional que os não-arianos). Muitos desses grupos primitivos, hoje considerados heréticos, se extinguiram por falta de seguidores ou, de uma forma geral, por supressão por parte da Igreja, que em seus primeiros séculos passou por um grande esforço de unificação e definição do que seria ou não doutrina cristã.
Apesar desse movimento, representado especialmente pelos primeiros concílios ecumênicos, foram se aprofundando algumas diferenças entre as tradições oriental e ocidental. Elas derivaram inicialmente das divisões linguísticas e socioculturais entre o Império Romano do Ocidente e o Bizantino. Em virtude do Ocidente (ou seja, a Europa) usar o latimcomo sua língua franca e o Oriente (o Oriente Médio, a Ásia e no norte da África) usarem o grego koine para transmitir seus escritos, os desenvolvimentos teológicos tornaram-se de difícil tradução de um ramo para o outro.
A primeira rotura significativa e duradoura no cristianismo histórico sucedeu com a Igreja Assíria do Oriente, após a controvérsia cristológica sobre o nestorianismo em 431(entretanto, os assírios assinaram uma declaração cristológica de fé em comum com a Igreja católica em 1994). Hoje, as Igrejas Católica e Assíria veem este cisma como um problema basicamente linguístico, devido a problemas na tradução de termos muito delicados e precisos do latim para o aramaico e vice-versa (veja Concílio de Éfeso). Depois do Concílio de Calcedônia, em 451, a seguinte grande divisão ocorreu com as Igrejas Síria e Alexandrina (egípcia ou copta), que se separaram em virtude de suas características miafisitas (entretanto, o patriarca sírio Ignatius Zakka I Iwas e o papa João Paulo II assinaram, também, uma declaração cristológica de fé). Estas igrejas miafisistas são conhecidas como Igrejas ortodoxas orientais (a Ortodoxia Oriental), diferenciando-se da Igreja Ortodoxa por aceitarem apenas os três primeiros concílios ecumênicos.
Embora a Igreja como um todo não tenha experimentado maiores divisões nos séculos seguintes, os grupos oriental e ocidental chegaram até ao ponto em que os Patriarcas de ambas as famílias se excomungaram mutuamente em 1054, no que ficou conhecido como o Grande Cisma. As razões políticas e teológicas para o cisma são complexas mas o ponto mais controverso foi a questão da primazia papal: o Ocidente insistia em que o Patriarca de Roma mantinha uma posição especial de autoridade sobre os outros patriarcas (em AlexandriaAntioquiaConstantinopla e Jerusalém), enquanto que o Oriente sustentava que todos os patriarcas eram coiguais, não tendo qualquer autoridade especial sobre outras jurisdições. Cada igreja considera a outra como a catalisadora da divisão e foi somente no papado de João Paulo II que se fizeram reformas significativas para melhorar a relação entre as duas.
No cristianismo ocidental, houve uma série de movimentos geograficamente isolados que precederam o espírito da Reforma protestante. Na Itália, no século XIIPedro Valdofundou o grupo dos Valdenses. Tal movimento foi largamente absorvido por grupos protestantes modernos. Na Boémia, uma região ortodoxa, os Estados Pontifícios (na época, um estado muito mais poderoso do que a Santa Sé atual) tomaram a região e converteram-na à fé católica. Um movimento iniciado no princípio do século XIV por John Huss (os Hussitas) desafiou o dogma católico, permanecendo até hoje (mais tarde, iriam dar origem aos Morávios)
Um movimento independente, que, anos depois, viria a alinhar-se com a Reforma, foi deflagrado quando o rei Henrique VIII de Inglaterra declarou-se como cabeça da Igreja da Inglaterra, com o Ato de supremacia em 1534, fundando o Anglicanismo como um ramo separado da fé cristã
Um cisma enorme derivou-se, não intencionalmente, pela postagem das 95 teses por Martinho Lutero, em Wittenberg, em 31 de Outubro de 1517. Escritos inicialmente como uma série de reclamações a fim de estimular a Igreja católica a reformar-se por si mesma, muito mais do que iniciar uma nova seita, os textos de Lutero, combinados com a obra do teólogo suíço Ulrico Zuínglio e do teólogo francês João Calvino, levaram a uma fissura no cristianismo europeu que criou o que é, hoje em dia, o segundo maior ramo do Cristianismo depois do próprio Catolicismo: o Protestantismo
Distintamente dos outros ramos (Catolicismo, Ortodoxia, os Orientais "monofisitas", os Assírios e os Anglicanos), o Protestantismo é um movimento geral que não tem uma estrutura governamental interna. Desta forma, diversos grupos, como Luteranos, Presbiterianos, Congregacionais, Anabatistas, Metodistas, Batistas, Adventistas, Pentecostais, e, possivelmente, os Restauracionistas, (dependendo do esquema de classificação que for utilizado) são todos parte de uma mesma família.

Listas de Denominações Cristãs

Catolicismo

Igreja Católica Apostólica Romana (ou simplesmente Igreja Católica) é constituída por 23 igrejas particulares sui iuris. Estas igrejas autónomas (chamadas também de "Ritos", como por exemplo no documento do Concílio do Vaticano II Orientalium Ecclesiarum, 2) empregam vários ritos litúrgicos para prestar culto a Deus. São 14 as igrejas particulares católicas sui iuris que usam o único rito litúrgico bizantino; por outro lado a única igreja particular latina usa vários ritos litúrgicos (RomanoAmbrosianoBracarense etc.).

Catolicismo ocidental (latino):

  • Igreja Católica de Rito Latino

Catolicismo oriental:

  • Igreja Católica Bizantina Albanesa
  • Igreja Católica Ítalo-Albanesa
  • Igreja Católica Bizantina Bielorrussa
  • Igreja Católica Búlgara
  • Igreja Católica Bizantina Eslovaca
  • Igreja Católica Bizantina Georgiana
  • Igreja Católica Bizantina Grega
  • Igreja Católica Bizantina Húngara
  • Igreja Greco-Católica Melquita
  • Igreja Greco-Católica Romena unida com Roma
  • Igreja Católica Bizantina Russa
  • Igreja Católica Bizantina Rutena
  • Igreja Católica Bizantina Sérvia
  • Igreja Greco-Católica Ucraniana
  • Igreja Maronita
  • Igreja Católica Siro-Malancar
  • Igreja Católica Síria
  • Igreja Caldeia
  • Igreja Católica Siro-Malabar
  • Igreja Católica Arménia
  • Igreja Católica Copta
  • Igreja Católica Etíope

Catolicismo independente:

São as Igrejas Católicas que não aceitam o primado do Bispo de Roma (Papa):
  • Velha Igreja Católica
  • Igreja Católica Apostólica Brasileira
  • Igreja Católica Apostólica Carismática

Nestorianismo

Depois de realizar-se o Concílio de Éfeso (431 d.C.), surgiu a primeira ruptura no Cristianismo, dando fim à Igreja Primitiva. Desta divisão nasceu o Nestorianismo, que considera Cristo radicalmente separado em duas naturezas (uma humana e uma divina), completas ambas de modo que conformam dois entes independentes, duas pessoas unidas em Cristo, que é Deus e homem ao mesmo tempo, mas formado de duas pessoas distintas.
São nestorianas as seguintes igrejas:
  • Igreja Assíria do Oriente
  • Antiga Igreja do Oriente

Ortodoxia Oriental (Miafisismo) 

Depois de realizar-se o Concílio de Calcedônia (451 d.C.), surgiu a segunda ruptura no Cristianismo. Desta divisão nasceu o Monofisismo, que considera que em Jesus  está presente a natureza divina, e não a humana. As Igrejas ortodoxas orientais professaram o credo monofisita, mas agora são miafisitas (ou seja, creem na naturaleza unida de Cristo) e rechaçam as conclusões do Concílio da CalcedóniaVer também: Ortodoxia.
Ortodoxia oriental (Miafisismo) de tradição copta
  • Igreja Ortodoxa Copta
  • Igreja Ortodoxa Etíope
  • Igreja Ortodoxa Eritreia
  • Igreja Ortodoxa Síria
  • Igreja Ortodoxa Siríaca Malankara (ou Igreja Ortodoxa Indiana)
Ortodoxia Oriental (Miafisismo) de tradição siriaca
  • Igreja Apostólica Armênia Ortodoxia Oriental (Miafisismo) de tradição armênia 

Ortodoxia

Ortodoxia é um termo usado para descrever as Igrejas Ortodoxas Orientais e a Igreja Católica Ortodoxa (ou simplesmente Igreja Ortodoxa)
As Igrejas Ortodoxas Orientais nasceram em 451 d.C., ao rejeitarem o Concílio da Calcedônia, e adotarem a doutrina monofisita (atualmente, porém, estas são miafisitas). Mas a Igreja Católica Ortodoxa (ou Igreja Ortodoxa) apareceu como consequência do Grande Cisma do Oriente (1054 d.C.) que originou a terceira ruptura no Cristianismo
Portanto, o termo Ortodoxia é mais comum aplicá-lo à Igreja Ortodoxa (oficialmente denominada Igreja Católica Ortodoxa).
Patriarcados ortodoxos históricos:
  • Patriarcado de Constantinopla
  • Patriarcado de Alexandria
  • Patriarcado de Antioquia
  • Patriarcado de Jerusalém

 Pentarquia

  • Igreja Ortodoxa Russa
  • Igreja Ortodoxa Georgiana
  • Igreja Ortodoxa Cipriota
  • Igreja Ortodoxa Grega
  • Igreja Ortodoxa Albanesa
  • Igreja Ortodoxa Sérvia
  • Igreja Ortodoxa Búlgara
  • Igreja Ortodoxa Romena
  • Igreja Ortodoxa Polonesa
  • Igreja Ortodoxa Tcheca e Eslovaca
  • Igreja Ortodoxa na América

Igrejas ortodoxas autocéfalas:

    • Igreja Ortodoxa Russa
    • Igreja Ortodoxa Georgiana
    • Igreja Ortodoxa Cipriota
    • Igreja Ortodoxa Grega
    • Igreja Ortodoxa Albanesa
    • Igreja Ortodoxa Sérvia
    • Igreja Ortodoxa Búlgara
    • Igreja Ortodoxa Romena
    • Igreja Ortodoxa Polonesa
    • Igreja Ortodoxa Tcheca e Eslovaca
    • Igreja Ortodoxa na América

      Protestanismo

      Também geralmente conhecidos como evangélicos, os protestantes surgiram na Reforma de 1517, quando Martinho Lutero pregou suas 95 Teses nas portas da igreja de Wittenberg, no Sacro Império Romano-Germânico. Essas teses questionavam várias doutrinas e assuntos da Igreja Católica, e em resposta, os católicos iniciaram a Contrarreformae convocaram o Concílio de Trento. Dessa maneira surgiu a quarta ruptura no Cristianismo.
      Primeiro tem-se o Protestantismo conservador. Este grupo é mais conhecido como cristãos protestantes, pois os pentecostais são denominados simplesmente de evangélicos. Aliás, a categorização entre protestantismo histórico e pentecostal é mais didática do que factual, pois suas fronteiras são difíceis de se delimitar. Tal distinção aparece principalmente em obras da sociologia da religião.

      Pentecostais (Primeira onda)

      • Deuteropentecostais (Segunda onda)
      • Neopentecostais (Terceita onda)

      Protestantismo conservador radical:

      • Anabatistas
      • Puritanos

      Protestantismo conservador tardio:

      • Batistas
      • Metodistas
      • Adventistas
      Como anteriormente descrito sobre o Protestantismo pentecostal, este grupo é mais conhecido como cristãos evangélicos, pois os conservadores são simplesmente denominados de protestantes. Portanto, sob esta designação, os pentecostais são diversos grupos heterogêneos que em comum enfatizam a presença do Espírito Santo e suas manifestações carismáticas nos cultos. Eles estão classificados em:

      Anglicanismo

      Considerado pelos católicos como parte do Protestantismo, o Anglicanismo surgiu em 1534 na Inglaterra, na ocasião em que o rei Henrique VIII rompeu com o Catolicismo, e autodenominou-se Cabeça da Igreja da Inglaterra. A Comunhão Anglicana é a principal estrutura desta ramificação cristã.
      As igrejas que fazem parte do Anglicanismo são:
      • Igreja Anglicana
      • Igreja Episcopal.

      Restauracionismo

      Também conhecido minoritária e pejorativamente como Paraprotestantismo, o Restauracionismo (considerados como hereges por alguns cristãos) surgiu dentre o meio protestante, a partir do século XIX, entre membros da Igreja Metodista e outras denominações evangélicas.

      Entre os restauracionistas estão:

      • Os Mórmons.
      • As Testemunhas de Jeová.
      • Os Adventistas.

      Outros

      Inicio das Principais Denominações Cristãs Professas

      Cristianismo foi fundado por Jesus de Nazaré, reconhecido pelos seus seguidores como o Messias ou Cristo, durante um período de cerca de três anos e meio, entre os anos 29 e 33 do Século I. As suas ideias e doutrinas foram assimiladas pelos seus principais seguidores, ou apóstolos, e largamente difundidas durante as primeiras décadas após a sua morte, sendo criadas comunidades de cristãos, ou seguidores de Cristo, em praticamente todas as cidades do Império Romano.
      As comunidades cristãs orientais, chamadas de Igreja Católica Ortodoxa e ocidentais chamadas de Igreja Católica Romana se desenvolveram de uma maneira relativamente independente ao longo dos séculos, entrando principalmente em conflito a partir do século IX devido à validade do Quarto Concílio de Constantinopla e se separando definitivamente com o cisma de 1054. A partir do século XVI, foram criadas outras igrejas que, ao contrário da Igreja Ortodoxa, que crê em vários dogmas católicos, protestavam contra eles. São as igrejas protestantes. E, a partir do século XIX, começa uma sequência de cismas, dentro das igrejas reformadas: são criadas as chamadas igrejas pentecostais, que creem em vários fenômenos que são atribuídos ao Espírito Santo. Na tabela abaixo apresentam-se alguns dados sobre algumas das denominações cristãs professas que existem atualmente:
      DenominaçãoFundadorAno de origemLocal de origem
      Igreja Católica Apostólica RomanaConstantino692 Jerusalém
      Igrejas ortodoxas orientaisNestório431Médio Oriente
      Igreja ortodoxa bizantinaMiguel I de Constantinopla1054Constantinopla, (actual IstambulTurquia)
      ProtestantismoMartinho Lutero1517Alemanha
      AnabatistasGeorg BlaurockConrad Grebel e Félix Manz1525Suíça
      LuteranismoMartinho Lutero1530Alemanha
      AnglicanismoHenrique VIII de Inglaterra1534Inglaterra
      Calvinismo (Igreja Reformada)João Calvino1541Suíça
      Igreja Menonita (Anabatistas)Menno Simons1550Países Baixos
      PresbiterianismoJohn Knox1567Escócia
      CongregacionalismoRichard Fytz1567Escócia
      BatistasJohn SmythThomas Helwys1609Países Baixos
      Sociedade dos Amigos (Quaker)George Fox1652Inglaterra
      Igreja Menonita AmishJacob Amman1693Suíça
      MetodismoJohn Wesley1730Inglaterra
      Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias(Mórmon)Joseph Smith Jr.1830Estados Unidos
      AdventismoWilliam Miller1831Estados Unidos
      Igreja AdventistaEllen G. White e James White1844Estados Unidos
      CristadelfianosJohn Thomas1864Estados Unidos
      Exército de SalvaçãoWilliam BoothCatherine Booth1865Inglaterra
      Ciência CristãMary Baker Eddy1866Estados Unidos
      Testemunhas de JeováCharles Taze Russell1879Estados Unidos
      Igreja Presbiteriana IndependenteEduardo Carlos Pereira1903Brasil
      PentecostalismoWilliam Seymour1906Estados Unidos
      Cristianismo RosacruzMax Heindel1909Alemanha e Estados Unidos
      Congregação CristãLouis Francescon1910Brasil
      Assembleia de Deus (Brasil)Gunnar Vingren e Daniel Berg1911Brasil
      Assembleias de Deus AmericasEudorus Bell1914Estados Unidos
      Igreja do Evangelho QuadrangularAimee Semple McPherson1923Estados Unidos
      Igreja Universal do Reino de DeusEdir Macedo Bezerra1977Brasil
      Igreja Internacional da Graça de DeusR.R. Soares1980Brasil
      Igreja ManáJorge Tadeu1984Portugal
      Igreja Renascer em CristoEstevam Hernandes e Sônia Hernandes1986Brasil
      Igreja Mundial do Poder de DeusValdemiro Santiago1998Brasil

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